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2012 - Livro Vermelho 2013

Leiothrix schlechtendalii (Körn.) Ruhland DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-10-2011

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Leiothrix schlechtendalii tem ocorrência citada em publicação de especialista para todosos Estados do Nordeste Brasileiro, porém com registro somente para o Estado daBahia, apresentando EOO de 24.387 km². Considerando quehá um crescimento acelerado da destruição do habitat e não há informações sobrea população, considera-se que há deficiência de dados para avaliação derisco. É categorizada como "Deficiente de dados" (DD).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Leiothrix schlechtendalii (Körn.) Ruhland;

Família: Eriocaulaceae

Sinônimos:

  • > Syngonanthus comosus var. harleyi ;
  • > Leiothrix tinguensis ;
  • > Dupatya schlechtendalii ;
  • > Paepalanthus schlechtendalii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre nos biomas Caatinga e Cerrado em todos os Estados da região Nordeste do Brasil (Giulietti et al., 2010). Segundo Biodiversitas (2005) a espécie está confinada ao Pico das Almas e Catolés e ocorre numa faixa altitudinal que varia entre 1.300 e 1.800 m. Já Moldenke (1976) cita que a espécie foi encontrada a cerca de 1.000 m.

Ecologia

Moldenke (1976) cita que Harley encontrou a espécie em área brejosa de pastagem, pós queimada e em área de transição de floresta em encostas rochosas, a cerca de 1.000 m de altitude, florindo e frutificando no mês de fevereiro. De acordo com Giulietti (1996), são plantas herbáceas, geralmente vivendo em solos arenosos e úmidos. A espécie é bem relacionada com L. hirsuta e L. distichoclada, com as quais vive simpatricamente na região de Mucugê e arredores.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Entre o século 16 e a década de 1960, os Campos Rupestres naturais da Bahia foram reduzidos de 28.000 para 6.000 km² (Magnanini, 1961 apud Alves et al., 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade high
Detalhes De acordo com Costa et al. (2008) representantes de Eriocaulaceae ocorrem, na sua grande maioria, em áreas de Campo Rupestre, nos campos entre os afloramentos rochosos em meio a uma matriz graminóide. Estas áreas na região da Cadeia do Espinhaço têm sofrido enorme pressão agrícola e pecuária. Grandes e pequenas propriedades têm cada vez mais avançado sobre estas terras na intenção de expandir as pastagens e as áreas de cultivo, inclusive com uso de fogo. Outro problema muito frequente é a atividade de empresas mineradoras. Além do grande impacto que causam no ambiente como um todo, em geral seu modo de operação consiste, de início, justamente na retirada das camadas superficiais do solo, sobre as quais encontram-se instaladas as espécies herbáceas. A distribuição geográfica das espécies, geralmente restrita a pequenas áreas, associada à destruição do habitat (fogo, garimpo, mineração, expansão da agricultura e pecuária) e ao extrativismo de semprevivas, contribuem para que Eriocaulaceae seja uma das famílias mais ameaçadas dos Campos Rupestres do Estado de Minas Gerais (Costa et al., 2008).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Observações: Anexo II da Instrução Normativa nº6, de 23 de Setembro de 2008 (MMA, 2008).

4.4 Protected areas
Observações: Área de Preservação Ambiental de Catolés

Referências

- GIULIETTI, A. M.; AMARAL, M. C. E.; BITTRICH, V. Phylogenetic Analysis of Inter- and Infrageneric Relationships of Leiothrix Ruhland (Eriocaulaceae). Kew Bulletin, v. 50, n. 1, p. 55-71, 1995.

- GIULIETTI, A. M. Leiothrix Ruhland (Eriocaulceae) no Estado da Bahia, Brasil. Sitientibus, n. 15, p. 61-81, 1996.

- MOLDENKE, H. N. Additional notes on the Eriocaulaceae. LIX. Phytologia, v. 33, p. 9-58, 1976.

- SCATENA, V. L.; ROCHA, C. L. M. Anatomia dos Órgãos Vegetativos e do Escapo Floral de Leiothrix crassifolia (Bong.) Ruhl., Eriocaulaceae, da Serra do Cipó - MG. Acta Botânica Brasílica, v. 9, n. 2, p. 195-211, 1995.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Leiothrix schlechtendalii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Leiothrix schlechtendalii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 19/10/2011 - 13:33:04